segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Capitulo 11- 3 dias.


   




   Estávamos sentadas na sala. Taylor roendo as unhas, eu de braços cruzados e minha mãe bebendo café.
-O que aconteceu com Wilmer? –Minha mãe perguntava para o policial que estava sentado virado em nossa direção bebendo café.
-Ele sofreu um acidente. –Respondeu o policial tomando outro gole de café.
-Qual é o seu nome mesmo? –Perguntei.
-James Franco. –Ele respondeu.
   Depois do acontecimento na estrada, minha mãe ligou para a policia e pediu para Wilmer ir lá em casa, porém ele não foi. Pelo que descobri agora ele sofreu um acidente.
-Nossa! –Minha mãe disse apavorada. –Quando isso aconteceu?
-A poucas horas. Ele ainda está no hospital.
-Nossa que estranho. –Minha mãe falou.
   Essas 3 palavras me alertaram. A pouco tempo um carro capotou. Com certeza quem estava dentro do carro se machucou ou ate mesmo morreu.
-Acidente de que? –Perguntei.
-De carro. –James respondeu.
   Essa noticia me atingiu feito um saco na cara. Wilmer! Era Wilmer o tempo todo! Droga como não desconfiei! Ele é o único que podia enganar a pericia fazendo todos acreditarem que Justin estava morto. Ele estava agindo estranho ultimamente. Ele chegou muito rápido no dia da falsa morte de Justin. Senti-me completamente idiota por não desconfiar de Wilmer. Droga! Mas eu ainda não tenho provas concretas para entregá-lo para a policia. Eu preciso de mais.
-Tudo bem Selena? –Disse Taylor segurando minha mão.
-Tudo, só fiquei triste pelo acidente.
-Mas ele vai melhorar. –James riu. –Ele é forte como um touro. Bem, agora me contem o que aconteceu.
   Contei tudo para James. Bem, não tudo. Tudo que eu podia falar. Contei sobre o assassinato, não falei que Justin está vivo. Depois contei sobre o que aconteceu hoje. James ouviu tudo atentamente.
-Por favor, nos ajude. –Minha mãe suplicou. –Selena é tudo que eu tenho, não irei aguentar se alguma coisa de ruim acontecer.
-Irei ajudar. Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para achar o criminoso. –Disse James levantando do sofá. –Agora tenho que voltar para a delegacia. Vou da umas dicas para vocês. Evitem sair sozinhas. Procure sempre sair de dia. Andem com um splay de pimenta ou uma arma de choque. Tome muito cuidado. Qualquer coisa que eu descobrir eu aviso para vocês. Se cuidem mocinhas.
   James foi embora deixando nós 3 sozinhas em casa. Brian estava viajando por causa do emprego.
   -Taylor já está tarde, eu te levo embora. –Disse minha mãe.
-Vou com vocês. –Eu disse.
-Não precisa. –Disse Taylor. –Você deve está exausta. Fique em casa e descanse. Envio-te uma sms quando chegar em casa.
   Realmente eu estava exausta. Dei um abraço em Taylor e ela foi embora com a minha mãe que antes de sair trancou todas as portas, testou o alarme da casa e deixou uma faca em cima da mesinha da sala para se eu precisar. Meu Deus, coitada.
   Não estava a fim de subir a escada, por isso fiquei deitada no sofá. Liguei a televisão e como sempre não tinha nada de bom na tv. Peguei meu iphone e vi uma ligação perdida de Nick. Retornei a chamada e ele atendeu.
-Nick?
-Sim?
-Onde você estava?
-Na cidade. Passei o dia todo acompanhando a Miley nas compras, bem eu comprei algumas coisas também.
-Você perdeu.
-O que?
-A ação hoje.
-O que aconteceu?
-Os sequestradores seguiram Taylor e eu de carro. Mas conseguimos nos livrar deles.
-Mas vocês estão bem? Nossa não posso ficar um segundo longe que você já arranja encrenca.
-Obrigado pai. –Ele riu. –Nós estamos bem, repito, estamos bem. Mas agora eu tenho uma coisa seria a falar. Descobri quem é o assassino.
-O que? –Ele disse assustado.
-Wilmer! Era ele o tempo todo! Hoje foi a prova final. Mas eu preciso de mais provas para entregá-lo para a policia. Você está disponível agora?
-Sim.
-Passa aqui em casa. Rápido!
   Depois de alguns minutos Nick bate na minha porta molhado. Minha mãe me ligou avisando que as estradas estavam engarrafadas por causa da chuva, e que iria demorar a chegar.
-Me conte tudo. –Nick falou.
   Contei tudo para Nick. Todas as minhas suspeitas e como tive certeza que Wilmer é o assassino.
-O que você tem em mente para desmascara-lo? –Perguntei.
-Ainda nada, mas esqueci de falar que baixei um aplicativo novo que rastreia a chamada. Isso pode servir para nós sabermos de onde vêm as ligações misteriosas.
-Me envia.
   Nick me enviou o aplicativo. Finalmente descobrirei de onde vêm essas ligações.
-Prontinho. Agora é só esperar o sequestrador ligar e...
   Meu celular começou a tocar. Era o sequestrador.
-E agora? O que eu faço?
-Atende!
   E foi o que eu fiz.
-Alô.
-Gomez. O que você está querendo? Você está brincando com fogo.
-Cala a sua boca! –Gritei.
   Gritei por que já estava cansada de ser atormentada, cansada de sofrer, cansada de não saber se estarei viva amanhã, cansada de ter medo de perder as pessoas que eu amo.
-Ousada. –A voz robótica disse dando uma risada. –Você acha que é esperta. Pobre criança iludida. Você tem 3 dias para me dar a senha ou Justin morre. Somente 3 dias.
   Em seguida o sequestrador desligou.
-Ele disse que eu tenho o 3 dias para entregar a senha se não Justin morre, mas eu não sei que senha, não sei para que essa senha serve.  –Disse aflita.
-A única coisa que podemos fazer agora é descobrir de onde veio essa ligação, deixa eu checar o aplicativo.
   Entreguei meu iphone para Nick.
-Hum... Pronto. –Ele disse sorrindo entusiasmado. –Aqui diz que a ligação veio do Hospital Garles.
-Só tem um jeito de saber se isso está certo. Indo no hospital.
-Agora? –Ele me olhou como se eu fosse louca. –Lá fora está tendo um diluvio.
-Não podemos perder essa chance.
-Tudo bem. –Ele respondeu. Eu sempre ganho.
   Saímos correndo dividindo o mesmo guarda-chuva até chegar o carro. Nick acelerou. Ele fez manobras totalmente proibidas para fugir de congestionamentos e pegou vários atalhos, mas conseguimos chegar aonde queríamos. Agora estávamos parados em frente ao hospital, dividindo o mesmo guarda-chuva.
-Estamos no hospital, mas como saberemos quem ligou? –Nick perguntou.
   Ele estava molhado e suas bochechas rosa por causa do frio. Tinha me esquecido como ele era bonito. Opa, as bochechas deles ficaram mais rosas. Merda! Ele reparou que fiquei o encarando.
-Ah... é-é... Deixa comigo.
   Sai rápido dali indo até a enfermeira na recepção.
-Em que posso te ajudar? –A enfermeira perguntou.
-Meu tio sofreu um acidente e eu queria saber o quarto em que ele está.
-Qual é o nome do paciente.
-Wilmer.
   Ela olhou o computador.
-Sala 20, segundo andar.
   Bingo.
-Obrigado.
-De nada. Mas o horário de visita acabou. Somente amanhã agora.
   Merda!
-Tudo bem. –Respondi. –Obrigada.
   Fui até Nick que estava sentado me esperando.
-E ai?
-Wilmer está aqui. Eu sabia! Esse cretino safado. Ele me paga, Mas temos um problema.
-Qual?
-O horário de visitas acabou. Não podemos entrar.
-Eu resolvo. –Ele falou me deixando sozinha.
-Tudo bem sussurrei.
   Nick olhou em volta e viu que ninguém prestava atenção nele então gritou!
-Socorro! Ajudem-me! Uma senhora está desmaiada aqui fora! Rápido ela está tremendo!
   A enfermeira na recepção levantou correndo da cadeira e foi ate Nick.
-Onde ela está? –Ela perguntou desesperada.
-Ali fora no estacionamento, por favor, me ajude!
-Eu vou socorrê-la, chame mais médicos!
   A enfermeira correu pela chuva atrás da velinha que não existia.
-Merece palmas, porém não baterei. –Eu disse rindo.
-Sem gracinhas agora, vamos logo antes que ela perceba que é uma mentira e volte.
-Tudo bem, ele está no segundo andar temos que pegar o elevador.
-O que estamos esperando? –Ele disse me puxando.
   Corremos até o elevador e subimos para o segundo andar.
-Achei! Sala 20!
   Estávamos parados em frente á sala 20 que estava com a porta fechada.
-Pronta? –Nick sussurrou.
-Pronta. –Sussurrei.
   Dei um suspiro e abri a porta do quarto, que para a minha surpresa estava vazia. A cama estava desarrumada. A janela aberta e os aparelhos ligados.
-Não tem ninguém aqui. –Disse Nick.
-Ahw. –Alguém gemeu.
-Você ouviu isso? –Eu perguntei pasma.
-Sim, veio de baixo da cama. -Nick respondeu.
   Ele se aproximou da cama e a empurrou com toda força. A cama foi parar na parede. Quase desmaiei com quem eu vi.
-Demi! –Gritei.
   Demi estava desmaiada no chão com um corte na testa que estava sangrando e na sua mão estava um celular.
   Peguei o celular de sua mão e vi escrito na tela: “Mensagem enviada.”
   Em menos de 5 segundos meu iphone vibra. Eu pego ele e vejo que tenho uma nova mensagem. Do sequestrador. Clico para lê-la a mensagem que continha o seguinte recado:
                                                     
                                           Somente 3 dias.

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