quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Capitulo 8- Tic Tac.






   Essa foi única vez na semana que eu conseguir dormir bem, Não sei por que, mas consegui.  Será que isso é um sinal de que as coisas vão melhorar? Olhei para o relógio e vi que estava atrasada para a escola. Levantei pulando da cama e corri para o banheiro para me arrumar para a aula. Tomei o banho mais rápido da minha vida, escovei os dentes e desci a escada pulando 2 degraus. Passei pela cozinha pegando uma maça e dando um beijo em minha mãe.
-Selena! –Demi gritou no com o carro parado na frente da minha casa.
-Demi? –Perguntei confusa, ela já deveria está na escola.
-Vem logo, estamos atrasadas. –Ela disse acenando para que eu corresse.
   Corri a te o carro e entrei me sentando ao lado dela.
-Atrasada também? –Perguntei.
-Sim. Ontem a noite cheguei tarde de uma festa com o Joe. –Demi disse dando partida no carro. –Estava com saudades de você amiga, quase não a vejo mais.
-Ando sem tempo. –Eu disse.
-Você e o Nick andam passeando muito né.
-Não... É que agente...
-Você é durona. Tudo bem vamos mudar de assunto. Eu vi uma roupa maravilhosa, eu preciso dela. Vamos dar uma passada na loja depois da aula?  
-Não vai dá, eu tenho que...
-Sair com o Nick? –Ela completou.
-Como você sabia.
-Eu namoro com o irmão dele. –Ela disse estacionando o carro na frente da escola.
-Vamos logo, o sinal já tocou. –Disse fugindo do assunto.
   Descemos do carro e fomos correndo para a sala de aula. Levamos uma advertência por causa do atraso. Assistimos juntas à aula de física e Biologia. Taylor não foi para escola hoje. No intervalo liguei para ela e com a voz rouca ela me disse que estava resfriada. Demi e eu passamos o dia juntas conversando e fofocando, só nós 2. Coisa que não fazíamos a tempo. Depois da aula Demi me deu carona para casa. Despedimo-nos e eu fiquei na sala esperando Nick chegar. Brian estava no trabalho e minha mãe tinha ido fazer compras. Depois de meia hora assistindo televisão ouço a buzina do carro de Nick. Tranquei a casa e entrei no carro de Nick.
-Tudo bem? –Ele me cumprimentou.
-Sim. –Respondi. –Vamos logo, quero descobrir algumas coisas.
   Nick acelerou o carro e só parou quando chegamos à estrada onde ele me salvou, mas agora estava diferente, está de dia. Naquele dia já era tarde da noite e eu não enxergava quase nada. Se Nick não aparecesse eu não saberia o que seria de mim.
  Desci do carro e tentei fazer um esforço para me lembrar do caminho. Nick e eu entramos no matagal, comecei a me lembrar do caminho e depois de alguns minutos nós estávamos escondidos atrás de uma árvore vendo a casa velha e abandonada onde eu fui aprisionada.
-Será que tem alguém lá? –Nick perguntou.
-Só descobriremos se tentarmos. –Fale indo abaixada até a casa.
-Selena! –Nick sussurrou baixo. –Volte aqui!
   Continuei andando sem da atenção para Nick. Quando o vi já estava do meu lado. Andamos ate uma janela que estava aberta. Levantei um pouco a cabeça para checar se tinha alguém, mas o cômodo estava vazio.
-Tudo limpo. –Eu disse para Nick.
-O que fazemos agora? –Ele perguntou.
-Isso. –Eu respondi pulando a janela e entrando na casa.
-Você não é normal.
-Vem logo!
   Nick também pulou a janela. Agora nós estávamos dentro da casa.
-Eu acho que não tem ninguém aqui. -Ele disse.
-Vamos descobrir. –Respondi.
   Saímos do cômodo que estava vazio e demos de cara com uma sala velha e antiga. Não era uma sala como de casas normais com sofá, carpetes, estantes e televisões. Essa sala parecia um galpão, cheio de coisas que eu não faço a mínima ideia do que pode ser, comida velha e estragada e velharias.
-Que nojo. –Nick falou.
   Olhando melhor eu pude ver 2 portas.
-Ali! –Eu disse. –Eu acho que foi ali que eu fiquei presa!
   Fomos até a primeira sala. Lá tinha um colchão velho e sujo no fundo da sala mofada com uma corrente aberta presa na parede. Eu conheço essa sala. É a sala onde Justin estava preso. Então ele estava aqui comigo.
-O que foi?
-Era aqui que Justin estava preso. Naquela noite antes do sequestrador vim na minha sala ele foi conferir outra. Era aqui que Justin estava. –Eu disse.
-Então você estava na outra sala.
   Saímos do lugar onde Justin estava preso fomos para a sala onde eu estava. Nada tinha mudado. A cadeira ainda estava quebrada e os cacos de vidro da janela estavam no chão, mas uma coisa chamou minha atenção. Um anel estava caído perto da janela. Peguei o anel do chão e o examinei. Eu já tinha visto aquele anel no dedo de alguém, mas não me lembro de quem.  
-Olha o que eu achei. –Eu disse amostrando para Nick.
-Um anel. –Ele disse pegando da minha mão.
   Fomos assustados pelo alto barulho das janelas e portas se batendo com força. De repente uma voz começou a ecoar pela casa. Uma voz que eu conhecia muito bem.
-Selena e Nick. –A voz robótica começou a falar de um gravador no canto da sala. –Vocês estão se metendo em lugares que não são convidados, vocês não estão cooperando, mas enfim, eu tenho um presentinho para vocês. Debaixo da mesa tem uma bomba que explodira daqui a um minuto. Vamos ver se vocês terão a sorte de se salvaram. –A voz terminou a frase rindo.
-Droga! –Eu gritei.
   Fui ver se a bomba estava debaixo da mesa. Ela estava lá, e agora faltam 54 segundos para ela explodir.
-Todas as janelas e portas estão trancadas. –Nick berrou.
-Agora temos menos de 50 segundos para fugir daqui. –Mas como?
   Não tinha nada que pudéssemos usar para quebrar as janelas ou portas, batíamos nelas pedindo socorro, mas não tinha ninguém do lado de fora. Agora faltam 30 segundos. O desespero foi crescendo, não tínhamos saída.
   Quando fui correr para o quarto onde eu estava eu tropecei em uma coisa no chão. Uma porta.
-Selena! –Nick gritou me ajudando a se levantar.
-Olha! –Eu disse apontando para o chão. –Uma porta!
   Fiz força para abrir a porta, mas não consegui. Estava emperrada. Olhei para a bomba e faltavam 20 segundos.
-Deixa eu te ajudar. –Nick disse se agachando ao meu lado.
   Nick e eu fizemos força e a porta cedeu. Conseguimos abrir. Só faltam 15 segundos. Debaixo da porta estava um buraco escuro, não da para enxergar o que tinha ali embaixo.
-Vamos ter que pular. –Eu disse.
-Eu vou primeiro, se tiver tudo bem eu te aviso. –Nick disse.
-Não temos tempo! Só faltam 10 segundos. Vamos pular rápido. –Eu disse pulando na escuridão.
   Cai em um chão de terra. O cheiro de umidade e ratos tomava o lugar escuro. Logo após senti alguém segurar o meu braço. Era Nick.
-Eu fechei a porta. Vamos correr! –Ele disse.
   Pegamos meu celular para iluminar o caminho e corremos o mais rápido possível, depois de 5 segundos tudo tremeu e um pouco de areia caiu do teto. Nick e eu caímos no chão. Estávamos salvos. A bomba explodiu.  Nós estávamos suados e ofegando.
-Conseguimos. –Eu disse rindo e abraçando Nick.
-Sim. –Ele disse rindo também. –Agora temos que descobrir como sair daqui.




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