quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capitulo 7- Descobertas.




   Depois que Nick me deixou em casa eu fui direto para o meu quarto sem jantar. Mais uma vez era para eu estar morta. Fui para o banheiro e tomei um longo banho que me fez refletir um pouco na minha vida. Não mataram Justin, ele estava vivo o tempo todo, então quem estava fazendo essas coisas não podia ser alguém desconhecido. Depois do enterro pegaram o corpo de Justin e levaram para o cativeiro. Mas eu juro que ele tinha morrido! Eu vi na minha frente! Se aquilo não foi uma bala de arma o que seria capaz de desmaiá-lo por tanto tempo para parecer que ele estava morto. O que mais me intriga é que Wilmer e nem a pericia percebeu que ele estava vivo. Na verdade Wilmer nunca me ligou dando informações sobre o caso de Justin e isso o põe no topo da minha lista de suspeitos.
   Lembrei-me também que eles querem uma coisa que eu tenho, mas o que é essa coisa? Tentei pensar em qualquer coisa de importante que eu tinha, mas nada tinha tanto valor. Eu não sou rica, apenas tenho uma condição boa de vida.
   Peguei o iphone de Justin para ver se achava alguma pista. Na correria não percebi que tinha uma chamada de voz não ouvida. Cliquei para ouvir e a voz robótica começou a narrar:
-Justin, você está se metendo em coisas muito serias. Se você não conseguir a senha você e sua namorada irão pagar com a própria vida.
   Senha? Já é alguma coisa. Mas é senha de que? Senha costuma ser de bancos ou cartões. Mas será que isso que eles querem? Eu não tenho muito dinheiro, na minha poupança só tem o dinheiro da minha faculdade e nem é muito. Escondi o iphone de Justin de baixo do meu colchão e me deitei. Meu iphone tocou. Era o numero do assassino. Respirei fundo e atendi.
-Alô? –Eu disse.
-Achou a senha? –A voz robótica perguntou.
-Olha, eu não sei de nenhuma senha, por favor, libertem o Justin! Eu não tenho muito dinheiro, mas o que eu tenho eu te dou...
-Silêncio. –A voz robótica falou me cortando. –Eu quero a senha que seu pai te deu. Não adianta falar que você não sabe.
-Meu pai? –Perguntei confusa. Não vejo meu pai há anos, ele se mudou e não tem um endereço fixo. Ele quase não me visita e quando ele vem ele não me da presente, quanto mais senhas.
-Tente se lembrar. Aquilo com a garota foi só um breve aviso.
   Em seguida a linha ficou muda. Ouvi passos vindos do corredor e de repente minha mãe entra no quarto com um prato de lasanha.
-Selena? –Ela disse acendendo a luz.
-Mãe, eu não estou com fome.
-Como não? Você quase não se alimenta direito desde a morte de Justin. Você precisa jantar. –Ela disse me dando a bandeja.
   Não tive escolha a não ser comer a lasanha. Depois de comer resolvi fazer algumas perguntas para minha mãe.
-Mãe?
-Sim?
-Eu queria falar sobre meu pai.
-Tudo bem.
-Por que vocês se separam?
-Nós brigávamos muito, não estávamos nos dando bem e eu não estava concordando com certas coisas que ele estava fazendo.
-Que tipo coisas? –Perguntei.
-Ah, ele estava estranho, falava sobre ter achado uma fortuna, seu pai na verdade estava enlouquecendo. Eu não quero mais falar sobre isso.
-Ele me deu alguma coisa mãe? Quando ele... Partiu?
-Não que eu me lembre.
   Ótimo! Minha mãe não se lembra. Devolvi a bandeja para ela e deitei na cama praticamente a expulsando.
-Mãe, meu dia foi um pouco corrido, estou com vontade de dormir.
-Ah sim. Estou indo. Boa noite. –Ela disse beijando minha testa.
   Na verdade eu não estava com sono. Eu só queria ficar sozinha para ligar para Nick. E foi isso que fiz.
-Selena? Tudo bem? –Ele perguntou.
-Mais ou menos. –Respondi. –Os sequestradores me ligaram.
-E o que eles falaram?
-Eles querem uma senha, mas eu não sei que senha. E eu descobri umas coisas sobre meu pai agora. Parece que ele achou uma espécie de fortuna... Eu não sei explicar. Será que é isso que eles querem. Essa tal fortuna? Nós precisamos descobrir mais.
-Eu sei onde poderemos encontrar pistas sobre os sequestradores. –Nick disse com um tom serio. –Mas vou precisar da sua ajuda.
-Aonde? –Perguntei curiosa.
-No cativeiro onde você ficou. Você se lembra do caminho?
-Sim. -Respondi. Um calafrio percorreu pelo meu corpo só de pensar naquela sala horrível onde fiquei presa por algumas horas. –Então é para lá que vamos. 

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