quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Capitulo 6- Nem tudo é o que parece ser.


   



-Então. –Nick falou dando uma mordida em seu hambúrguer. –Para que você me chamou aqui?
   Depois da escola peguei o numero de Nick com a Demi e marquei um encontro, amigável e não romântico, com ele no King Food. Já eram 17 horas e estava quase na hora do por do sol.
-É complicado e estranho o que eu vou falar. Eu preciso que você me ajude. –Nick fez uma cara de confuso e eu continuei falando. –Justin está vivo. Eu tenho que ajudar ele, e você é a única pessoa que pode me ajudar.
-Selena, Justin morreu, não torne isso mais difícil para você. E por que eu posso te ajudar?
-Justin não morreu, tudo isso foi um engano. No velório eu pensei ter ouvido Justin respirar, depois recebi essa foto.
   Peguei o iphone que estava na minha bolsa e amostrei a foto para Nick. Quando ele viu a foto ele quase se engasgou com o Milk Shake.
-Que merda é essa! –Ele disse pegando o celular da minha mão. –Precisamos avisar para  policia.
-Não, não podemos. Eles avisaram que não era para chamar a policia. Tenho medo que eles façam alguma coisa com Justin.
-Droga! –Nick falou.
-Só você sabe dessas coisas Nick, você precisa me ajudar. Eu não vou conseguir sozinha.
   Nick ficou em silêncio por um tempo. Eu preciso da ajuda dele.
-Tudo bem, eu te ajudo. –Dei um sorriso. –Mas o que você tem em mente? –Ele perguntou.
-Minha disse ter visto Justin sujo e atordoado antes dele morrer, no centro da cidade. Eu estava pensando em irmos ver se achamos alguma coisa por lá.
-Tudo bem, mas a cidade não é pequena, como vamos achar alguma coisa sem nenhuma dica?
-Vamos começar a procurar perto do Tifler Market, foi lá que minha mãe viu ele pela ultima vez.
-E quando você pretende ir lá?
-Agora. –Disse naturalmente.
-Agora? Mas já vai escurecer. –Disse Nick.
-Não posso esperar ate amanhã.
   Nick aceitou minha proposta e fomos para o centro da cidade. Chegamos lá quando o sol já tinha se posto e as estrelas começavam a aparecer. Nick estacionou em frente ao Tifler Market. Descemos do carro perguntou:
-O que fazemos agora?
-Procuramos por algo que possa nos ajudar. –Respondi.
-Como o que? Um papel, carteira, roupa...
-O celular!
-O celular? –Nick disse como se eu fosse louca.
-Ali do outro lado da rua. Aquela garota acabou de achar o iphone do Justin.
-Como você sabe que é o iphone dele? Existe vários iphones no mundo.
-Aquele é o do Justin. Tem as letras S.J no case. Nossas iniciais. –Eu sou com um leve sorriso no rosto e Nick revirou os olhos.
   Atravessamos a rua e paramos em frente da garota.
-A que maravilha! –Comecei. –Você achou o iphone do meu namorado! Muito obrigado!
-O que? –A garota perguntou. –Ele é do seu namorado? Prove-me.
-Esse aqui meu namorado. –Disse amostrando uma foto de Justin abraçado comigo, a mesma foto que o wallpaper dele. –Agora me devolva o iphone dele.
-Espera ai! Eu achei, ele é meu agora. –Disse a garota que devia ter no máximo 13 anos.
-Olha, quanto você quer? Toma, 50 dólares.  –Disse abrindo a minha carteira e tirando uma nota de 50.
-Eu não quero isso. Na verdade, eu acho que eu ficaria linda nessa jaqueta verde. –Ela estava falando da minha jaqueta.
-Daqui a uns 5 anos. –Nick respondeu.
-Deixa Nick. Toma aqui a jaqueta. –Disse entregando a jaqueta verde para ela. –Agora me devolva o iphone.
-Eu tenho um irmão mais velho que faz aniversario amanhã. Ele adora bonés...
-Não! –Disse Nick percebendo que ela estava falando do boné que ele estava usando. –Meu boné não.
-Então não dou o iphone. –Disse q garota nojenta.
-Nick, por favor. –Eu disse.
   Relutante ele tirou o boné e deu nas mãos da garota.
-Obrigada, adorei vocês otarios. –Disse a garota parando em frente a uma loja de doces.
   Deixei-a para lá, consegui o que queria. Agora posso descobrir alguma coisa com o celular de Justin em minhas mãos. Atravessamos a rua e paramos em frente ao carro de Nick.
-Eu adorava aquele boné. –Nick disse injuriado.
-Depois eu compro outro para você.
   Ele ia me responder, mas fomos assustados por barulhos de disparo de arma. Nick e eu abaixamos se protegendo no carro.
-Droga, o que está acontecendo? –Nick disse.
-Não sei. –Respondi.
   Tomamos coragem e levantamos. Do outro lado da rua, estirada no chão, estava a garota com a minha jaqueta verde e o boné de Nick. Corremos ate outro lado da rua, se ajoelhamos ao lado. Nick testou os batimentos cardíacos dela. Uma possa de sangue começava a se forma.
-Ela levou um tiro no ombro, quase perto do coração. Por pouco não alcança. Ela ainda está viva, mas precisa de cuidados médicos. –Disse Nick. –Ligue para a ambulância.
   Liguei para a ambulância e eles falaram que em 10 minutos estariam lá.
-Quem fez isso com você? –Perguntei.
-Não sei. –Respondeu a garota. –Atiraram de longe em mim.
-De alguns desses prédios. –Respondeu Nick. Em seguida seu rosto ficou tenso, como se uma coisa estava prestes a acontecer. –Temos que sair daqui. A ambulância vai chegar. –Uma multidão já tinha se formado em volta da garota.
-Por que Nick? –Perguntei confusa.
-Era para você está no lugar dela. –Nick começou. –Ela estava vestindo sua jaqueta verde, quem atirou nela na verdade pensou que era você. Você estava vestindo a jaqueta, depois que você deu para ela, ela foi baleada. Na verdade ela só foi um erro, era você que ele queria.
   As palavras de Nick foram com um soco na minha cara. Ele pegou pelo meu braço e me tirou de lá. Atravessamos a rua correndo e entramos no carro. Nick acelerou, e só diminuiu a velocidade quando parou na frente da minha casa.



Nenhum comentário:

Postar um comentário